quinta-feira, abril 3

A culpa do júri...

Vocês já devem saber que o júri brasileiro é um importante instrumento para julgar certos delitos. Conforme a constituição de 1988, atual vigente, segundo o artigo 5º no item XXXVIII, a instituição e a soberania do júri são reconhecidas. Os jurados é que são responsáveis pelo veredicto de crimes dolosos contra vida, aqueles com intenção de matar. Mas quem compõe o júri?

Os jurados são escolhidos pelo juiz do caso. Eles podem ser qualquer pessoa, desde que tenham boa índole e mais de vinte e um anos.Nem precisam de conhecimento jurídico. O júri é feito de pessoas comuns, como você e eu, e os advogados precisam convencê-los. Daí começa a grande controvérsia: julga-se mais por razões emocionais do que pela razão. O que era para ser democrático, torna-se completamente pessoal e mutável. É preciso ter equilíbrio emocional diante o tribunal do júri, pois a falta do domínio de si mesmo acarreta em decisões não raramente abomináveis, lamúrias, influenciadas muitas vezes por um bom orador.

Você sabe quanto recebe um júri por participar de um processo? Imagine se o processo envolver grandes poderosos, empresas multinacionais e pessoas de alto poder econômico? O destino de uma pessoa e de uma concepção da sociedade torna-se totalmente vulnerável à compra do voto. E ainda existem os juízes corruptos, que apesar de serem poucos, trazem muitas conseqüências tanto para a vítima, quanto para o réu.

Muitas dessas pessoas imaturas que compõe o júri são semi-analfabetas, que se iludem com palavras bonitas ou pelo desempenho de um advogado. Sinótico, J.B de Azevedo, do MPU de São Paulo afirma " O tribunal decide mal, os seus integrantes não estão preparados para exercer uma função altamente complexa, para qual há necessidade de cultura jurídica e especialização". Estes cidadãos que parecem brincar de justiça cometem, por ignorância ou por pressões de poderosos, erros seriíssimos em nome da "Soberania do veredicto popular".
E não podemos esquecer que tal soberania condenou o mais bondoso e fiel ser que se materializou na forma humana: Jesus Cristo. Isso confirma que desde as civilizações mais antiquadas até os dias atuais, a justiça dos humanos prefere punir o crime a punir o réu. Precoce e inexorável.

1 FAÇA UM COMENTÁRIO:

Anônimo disse...

Isso aí é muito relativo, até demais! mas também concordo que não é lá a melhor das melhores maneiras de se julgar um réu.
vá entender
=p

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