sexta-feira, abril 4

Enquanto isso na mídia...

Dia após dia se tornam mais freqüentes o aparecimento de "artes" totalmente vulgares. Grupos de funk, de axé com aquelas dançarinas semi-nuas, bandas de forró com letras de duplo sentido. A banalização da relação homem/mulher promovida por esse tipo de mídia percorre não só meio adulto como também o infantil.
Basta entrar no youtube e ver as crianças praticando a famosa "dança do créu" ou cantando "chupa que é de uva..." . São apenas crianças covardemente influenciadas pela mídia. E não pára por aí. A vulgaridade não se exprime apenas em músicas, mas também em programas de TV, principalmente neles. A erotização da sociedade provocada pela TV chegou até o ponto de haver desenhos animados pornôs e até revistas em quadrinhos.
É natural do âmbito infantil tentar imitar as ações dos adultos, pois são com eles que se aprende como se comportar, pensar e agir.É a concepção básica da famosa frase "Ninguém é uma ilha", e a criança ainda não tem a capacidade de discernimento entre o certo e o errado e são incapazes de cometer discrepância aos adultos.
São essas peculiaridades da mídia uma das grandes responsáveis pela gravidez precoce. O estímulo a atos sexuais passam a ser exigências e os jovens parecem ser forçado a fazer sexo, tendo seus hormônios ativados pela programação da TV. A contabilização do Ministério da Saúde informou que a maioria de internação de jovens pelo SUS, entre 10 e 14 anos, é causada por partos ou abortos mal feitos. Números do Serviço de Atendimento a Adolescentes da PMSP mostraram que 50% das adolescentes engravidam nos primeiros seis meses de vida sexual ativa, 20% apenas no primeiro mês. Outra pesquisa feita em São Paulo mostrou que 90% das jovens conheciam os métodos contraceptivos, embora apenas 26,6% tenham usado-os em sua primeira relação.
A grande questão é: Por que, diante de tanta informação, as meninas não se utilizam desses métodos? E a grande resposta está na mídia. Uma certa emissora de TV exibiu uma entrevista a uma famosa ex-garota de programa. Esta afirmava que sexo seguro é importante mas sem camisinha é mais gostoso (sic). Tenho a certeza de que outros jovem assistiram à entrevista e que levariam essa informação para sua próxima relação sexual.
A posição completamente deplorável da emissora de TV deixa claro a competição por índices de audiência e patrocínio, sem o cumprimento da lei existente na constituição; e a falta de bom senso e compromisso com o bem estar psicológico das crianças e do adolescente.

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