domingo, junho 28 0 FAÇA UM COMENTÁRIO

01:42


Ali
De pé, esqueci
Aquela tolice que te prometi
Mas é que não consigo evitar
Sentimento não é pra se guardar
Tu, nua, e eu na rua
Saudade sua
suada na zuada
Corri encabulada
Te pedi pra não fazer isso
Mas sei que não se importa comigo
Tentei ser teu amigo
E te dar abraços sem sentido...


"
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas LOUCURAS... Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."




quinta-feira, junho 18 2 FAÇA UM COMENTÁRIO

Cacaufobia


Quando engoli meu Talento, me perdi num coma alcoólico. Na alucinação desta dimensão incerta, levei um Chokito, esqueci meus Snickers e então andei descalça e só num mundo profano, cheio de asco e de espiões que surgem de todos os cantos. No meio do caminho ouvi a multidão gritar Bis enquanto a banda passava Batom nos Garotos. Já não existe mais quem goste de Serenatas. Já não existe nem ao menos a Sensação de estar em silêncio. Todos estão correndo atrás de Diamantes Negros para obter Prestígio num montanhoso Alpino de confusões.

Quando engoli meu Talento, me esvaziei das vontades, dos Sonhos de Valsa e das aspirações. Deu vontade de comprar este lugar e ateá-lo fogo com todos estes papéis Meio Amargos rabiscados de ócio, remorso, covardia e conformismo.

Quando engoli meu Talento, joguei fora um potencial de vida longe. Escondi minhas aptidões para não me maltratar. Camuflei a Doçura para não me confundir. Pulverizei as Trufas dos triunfos e me redimi. E tudo terminou como um nó, engravatado, sufocado, esquecido.
segunda-feira, junho 15 1 FAÇA UM COMENTÁRIO

Dezessete anos


Sábado, acordei com o Sol a me abraçar dizendo “Feliz Aniversário”. 17 anos. Agora vejo o quanto mudei no físico, no psíquico, no espírito e na ânsia. Eu costumava temer o mundo, criar realidades, chorar de emoção, ter dó, correr do perigo, preocupar com coisas pequenas, ter bons modos, bom gosto. Eu costumava ter fé e acreditar em deus. Religião é crença, não é saber.

Mas estes meus dezessete anos me viraram do avesso. Mostraram-me um mundo além da luz e das sombras, encheram-me de vícios e virtudes, habilidades e coragem. Criei hábitos que até então repudiava, criei minha própria moda, construí pensamentos próprios e sustento-os com alento. Aprendi a silenciar um amor e a guardar outros. Revoguei minhas jurisdições, aplaudi rebeldias, parei de planejar e comecei a aventura.

Sinto um alívio em meio de tantas pressões. Sinto o cheiro do mar a 450 km de distância. Sinto o cheiro do mato e escuto o chiar das cachoeiras. Não me arrependo das mudanças. Não tenho remorso em pensar se o que estou fazendo é certo ou errado, apenas tento me confortar, tento sair do corpo, perder o freio, curtir o último ano de minha adolescência. Apenas desafio os diversos sabores, para quando adulta tiver maturidade proveniente tanto das ideias como das experiências até poder lançar a voz e argumentar. Maturidade que meus dezessete anos não me deixaram perder a cabeça, não deixaram me perder com as indagações de Bacon e Descartes que desafortunadamente procuravam uma só verdade e como o erro é possível.

Evoluí aos moldes do séc. XXI. E continuarei evoluindo até estar no erro ou na verdade, dependerá de mim mesmo, da minha consciência, e, por isso preciso saber se posso ou não conhecer a verdade que me acabará com a evolução.
 
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